Mulheres quilombolas: vivências em Itacoã-Mirim

Alik Nascimento de Araújo
Universidade Federal do Pará

Sinopse

Quais essências são capazes de construir, manter e fortalecer laços? O curta metragem Mulheres quilombolas: vivências em Itacoã-Mirim traz uma abordagem sobre a formação de elos que transcendem o morada em um território, ou o parentesco sanguíneo.

Trata-se de uma produção que reúne narrativas de mulheres de gerações, ofícios e perspectivas tão diferentes, mas que conectaram suas trajetórias a essa comunidade localizada na região paraense do Baixo Acará. Suas histórias de vida nos surpreendem ao falar de amor, pertencimento, sonhos, amizade, família, identidade, preconceito e saudades. Seguindo o percurso pelos furos e rios amazônicos, que cotidianamente levam essas mulheres da capital Belém ao seu lar, a produção destaca os dilemas externos e internos enfrentados por essas mulheres na construção de suas trajetórias em busca de propósitos que conectam o individual ao coletivo. Siga-nos nessa emoção.

Comentário

Minha relação com essas protagonistas foi construída ao longo de três anos que me transfiguraram de professora, pesquisadora de uma tese de doutorado para uma aprendiz imersa em laços de sororidade e que passou a repensar próprio papel enquanto mulher.

O curta foi resultado do projeto de Extensão Fibra vai ao Quilombo: conexão de saberes entre a comunidade quilombola de Itacoã- Mirim e a Faculdade Integrada Brasil Amazônia, que foi desenvolvido entre os anos de 2017 à 2018. A ideia inicial estava em produzir um recurso que pudesse valorizar as percepções dessas mulheres sobre ser quilombola e que ao mesmo tempo se apresentasse como parceria na construção de minha tese de doutorado. No entanto, a convivência com essas mulheres ultrapassou essas perspectivas, possibilitando para mim e para os jovens estudantes da equipe de produção um exercício de reflexibilidade, na qual, seus autores passam a se reconhecer e repensar suas concepções de lar, família e sobretudo, identidade. Não me resta mais nada a dizer do que: obrigada, mulheres de Itacoã-Mirim.

Entrevistadas

1. Ana Lúcia Almeida Leal, 41 anos;
2. Antonia Lúcia Nascimento Holles; 58 anos;
3. Dona Bata, 71 anos;
4. Eliana Nascimento Monteiro, 30 anos;
5. Fátima de Nazaré Galiza Barros, 65 anos;
6. Géssica Galiza, 23 anos;
7. Girleny Barros do Nascimento; 29 anos;
8. Honória Belém Monteiro, Norita, 55 anos;
9. Jéssica Araújo Galiza; 22 anos;
10. Keila Cristina Rodrigues, 29 anos;
11. Maria do Socorro Monteiro, 44 anos;
12. Mayara de Nazaré Telles de Sousa, 25 anos;
13. Mayra Telles de Sousa, 21 anos;
14. Raimunda de Jesus Barros do Nascimento, 60 anos
15. Ruth Helena Galiza da Silva, 41 anos;
16. Suany Leal Monteiro, 24 anos;
17. Vera Lucia Araújo Monteiro, 74 anos;

Ficha Técnica

Direção e edição: Alik Nascimento de Araújo

Equipe de filmagem de edição: Eduarda Cavalcante Moraes; Juliana Brenda Lima da Silva; Kelven Rivas de Oliveira Pardauil; Lenna Karla Dias Dantas; Luan Veloso da Silva; Matheus Portal Manito; Vinícius Machado Ferreira.

Assistente de Direção: Petrônio Medeiros Lima Filho

Assistente de Produção: Petrônio Medeiros Lima Filho

Duração: 23:16

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